sábado, 27 de setembro de 2014

MILITAR DO EB É PRESO COM ARMA SEM REGISTRO E 350 KG DE MACONHA

CORREIO DO POVO 27/09/2014 09:40

Coronel do Exército é preso com 350 kg de maconha no RJ. Homem de 56 anos e a mulher foram detidos pela FP na BR 040



Droga estava escondida em um fundo falso dentro de um veículo utilitário usado pelo casal
Crédito: PF / Divulgação / CP


A Polícia Federal (PF) prendeu na madrugada deste sábado um casal transportando cerca de 350 kg de maconha no pedágio da Rodovia Rio – Petrópolis (BR 040), na altura de Xerém, Duque de Caxias. O homem, 56 anos, mora na Barra da Tijuca, bairro da zona oeste da cidade do Rio de Janeiro, e é coronel reformado do Exército. A mulher, sua companheira, reside em Jacarepaguá e tem 49 anos.

A droga estava escondida em um fundo falso dentro de um veículo utilitário usado pelo casal. O militar costumava deixar uma farda pendurada num cabide no interior do furgão com a finalidade de tentar inibir possíveis revistas policiais. Estava com uma pistola calibre 380 sem registro sendo atuado também por porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. A operação da PF contou com o auxílio de um cão farejador.

O entorpecente seria proveniente do Paraguai, e a PF investiga a suspeita de que seria distribuída em comunidades do Rio e também de Niterói. O coronel preso foi encaminhado ao Comando Militar do Leste e sua mulher ao Presídio Nelson Hungria, no complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu. Responderão por tráfico de drogas, cuja pena varia de cinco a 15 anos de reclusão.

SETE PRESOS EM OPERAÇÃO ANTITRÁFICO NA FRONTEIRA



ZERO HORA 27 de setembro de 2014 | N° 17935


HUMBERTO TREZZI


AÇÃO CONTRA DROGAS. Quadrilha trazia maconha e cocaína da Argentina para o Brasil e o Uruguai. Em um ano, já foram apreendidos 200 quilos de entorpecentes


A Polícia Federal (PF) desarticulou ontem uma quadrilha especializada em tráfico internacional de drogas. Os agentes cumpriram 16 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão em Uruguaiana, na Fronteira Oeste. A operação foi chamada de Cararéu, pelo fato de os traficantes usarem um rio fronteiriço com esse nome para transportar a droga.

Foram presas sete pessoas. A investigação da PF começou há cerca de um ano, quando 28 quilos de maconha foram encontrados, em junho de 2013, junto ao Arroio Cararéu. A droga foi abandonada por tripulantes de um veículo argentino, que conseguiram fugir.

Ao longo da apuração, os policiais descobriram que o grupo trazia cocaína e maconha da Argentina para o Brasil e distribuía na região de Uruguaiana, e também repassava drogas para o Uruguai. De um ano para cá, foram realizadas cinco prisões em flagrante e apreendidos mais de 200 quilos de drogas, além de identificados veículos roubados e clonados.

A PF apreendeu com um brasileiro de Barra do Quaraí (cidade fronteiriça com a localidade uruguaia de Bella Unión) 192 quilos de maconha destinadas ao Uruguai. A droga estava acondicionada no porta-malas de um Corolla brasileiro, com placas clonadas. As autoridades uruguaias receberam informações sobre a quadrilha e participam da caçada ao bando, que atua em territórios uruguaio, brasileiro, argentino e paraguaio.

Os presos e demais envolvidos serão indiciados por tráfico internacional de drogas, o que pode resultar em até 25 anos de reclusão. Mais de 60 policiais federais participaram da ação ontem, com apoio de 20 PMs.




Atuação de grupo seria reflexo de expansão em país vizinho


A ação da quadrilha é vista, por policiais brasileiros, como reflexo do crescimento do mercado uruguaio de maconha, já que o plantio e venda de pequenas quantias de marijuana naquele país está em processo de legalização. Em 2008, a polícia uruguaia localizou apenas 809 quilos de maconha. Em 2012, o confisco mais do que dobrou: 1,9 tonelada. E, em 2013, o número passou para 2,1 toneladas, conforme revelou Zero Hora em reportagem em maio deste ano.

As províncias argentinas próximas ao Uruguai e Brasil (Corrientes e Misiones, especialmente) também sofreram um incremento no número de apreensões de maconha. Em 2013, foram confiscadas nessa região 13 toneladas. Neste ano, oito toneladas até abril (inclusive com cinco aeronaves apreendidas). A maior parte da droga foi encontrada em Paso de los Libres e Santo Tomé, na fronteira com as cidades gaúchas de Uruguaiana e São Borja, locais onde atuavam a quadrilha desarticulada pela Operação Cararéu.



segunda-feira, 8 de setembro de 2014

DROGAS ESCONDIDAS EM VEÍCULOS PASSAM PELA FRONTEIRA

TV GLOBO, FANTÁSTICO, 07/09/2014 21h43

Mais de 80 toneladas de drogas são apreendidas escondidas em veículos. Foz do Iguaçu e Guaíra, na fronteira com o Paraguai, fazem parte da rota do tráfico internacional.






Mais de 30 mil veículos, carros, ônibus, caminhões, passam todos os dias pela fronteira do Brasil com o Paraguai. A maioria deles não têm nada de errado, mas alguns...E quando a Polícia Rodoviária Federal faz um pente fino e pega um desses.

Você precisa ver como os traficantes tentam passar droga pela fronteira. Tem droga no parachoque, no assoalho, no tanque de combustível. Só este ano já foram apreendidas mais 80 toneladas de cocaína, crack e maconha nessas operações.

Os policiais se preparam para abordar um carro suspeito. Eles sacam as armas e mandam o motorista parar. A polícia sabe que há droga no veículo.

O motorista é preso. Os policiais saem em perseguição a outro carro suspeito na BR-277, a principal rodovia do Paraná.

A informação que a Polícia Rodoviária recebeu é de que um carro tinha vindo na frente para passar as informações para outro carro que vinha atrás com a maconha.

Fantástico: Qual a função do batedor num caso desses?

“O batedor ele vai na frente do ilícito para ver se tem polícia na pista, para ver se está livre”, explica Sérgio Malysz, policial rodoviário federal.

Mais dois são presos.

“Esse aqui aparentemente é o tal do cavalo doido. O pessoal carrega de maconha e vem na louca aí, e tenta passar o posto, mas esse aqui deu azar”, diz Renato Duarte, policial rodoviário federal.

A droga apreendida enche quase 20 caixas.

“Todos eles vão ser autuados por crime de tráfico de entorpecentes e associação para o tráfico”, afirma o delegado da Polícia Civil Luiz Sodré.

Os números impressionam. Somente este ano, a Polícia Rodoviária Federal apreendeu 87 toneladas de maconha, cocaína e crack em todo o país. É um aumento de 150% em relação ao mesmo período no ano passado.

Foz do Iguaçu e Guaíra, na fronteira com o Paraguai, fazem parte da rota do tráfico internacional.
O país vizinho é um dos principais produtores mundiais de maconha.

Grande parte da droga que entra no Brasil vem assim: no porta-malas, em cima dos bancos dos carros à mostra! Mas os traficantes desafiam a polícia com esconderijos cada vez mais difíceis de encontrar.

"Esse veículo tem alguns indícios de que ele pode ter sido adulterado para transportar algum produto ilícito. Um barulho mais seco pode indicar uma adulteração do parachoque”, analisa Paulo Mileski, policial rodoviário federal.

"Alguns desses parafusos, às vezes eles estão soldados, para que o policial não consiga abrir e desestimule a prática, a retirada”, conta Paulo Mileski.

Os policiais chegam a demorar quatro horas para tirar mercadorias de um carro com fundo falso.

Cinco policiais procuram fundos falsos num veículo. E encontram vários. Tinha maconha em um compartimento no motor, debaixo dos bancos da frente, no para-lamas e no para-choque traseiro.

“Exige do policial um conhecimento amplo, tanto da questão do veículo, saber onde pode ter fundo falso, como também da própria entrevista que ele faz com o motorista, com a pessoa que está responsável pelo veículo, que pode passar para os policiais uma impressão de que está tentando enganar ou simplesmente um nervosismo”, explica o policial rodoviário federal Raone Nogueira.

Numa outra ocorrência, os policiais praticamente desmontaram a carroceria desta caminhonete.
O veículo estava forrado de maconha e de cocaína e tinha mais: 200 quilos de maconha transportados em um carro de passeio.

Em outro veículo, primeiro, os policiais tentaram com um martelinho. Até apelarem para uma barra de ferro. De cada 100 kg de maconha apreendidos pela PRF no Brasil, 25 foram pegos nesta faixa de fronteira, este ano.

Na caminhonete, eles começaram tirando o forro das portas, mas tiveram de desmontar praticamente o veículo inteiro.

"A droga agora está dentro do duto de ar condicionado”, diz o policial.

“É comum a gente estudar os modelos dos veículos, das marcas, para saber onde é possível que tenha ali um espaço que a pessoa pode colocar ou droga ou produtos de contrabando e descaminho”, conta Raone Nogueira.

Às vezes, é preciso chamar os bombeiros. Só com equipamento especializado para abrir a lataria e tirar centenas de tabletes de dentro de um caminhão-tanque. Era um carregamento: mais de mais de quatro toneladas de maconha: a maior apreensão do ano, na região.

Agora você vai acompanhar uma das apreensões mais improváveis: os policiais balançam o carro e desconfiam que tem droga escondida dentro do tanque. E estão certos!

São 22 tabletes de cocaína misturados ao combustível. Os traficantes também usam outros disfarces, como balanços infantis e caixas de som.

Na última sexta-feira, numa ação muito parecida, os policiais encontraram três toneladas de maconha escondidas num fundo falso enorme na carroceria de uma carreta. Os bombeiros foram chamados de novo para retirar as placas de metal, que camuflavam a carga ilegal.

E não basta identificar o esconderijo.

“Não basta identificar. Tem que comprovar, para ter todo o respaldo legal de fazer a documentação e encaminhar para o órgão competente”, explica Raone Nogueira.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

JOVENS DA SERRA GAÚCHA EXECUTADOS NO PARAGUAI


Encontrados no Paraguai corpos que seriam de jovens de Bento Gonçalves. Polícia paraguaia enviou fotos de homens encontrados na beira de um rio e família de um deles já fez o reconhecimento

ZH  19/08/2014 | 07h201


Lucas Morini e Dionatan Dias deixaram de contatar a família em 25 de julhoFoto: Montagem sobre fotos de arquivo pessoal/ Divulgação


Depois de 24 dias, o desaparecimento de dois amigos de Bento Gonçalves, na serra gaúcha, começou a ser desvendado nesta segunda-feira. Segundo a Polícia Civil, fotos enviadas por agentes do Paraguai de dois homens encontrados na beira de um rio seriam dos jovens gaúchos.

A família de Lucas Morini, 23 anos, já fez o reconhecimento através das imagens na tarde desta segunda, pois estava com a polícia quando elas chegaram às mãos dos agentes. A identificação do segundo corpo, que seria de Dionatan Cordova Dias, 28 anos, está marcada para a manhã desta terça-feira.

— Acreditamos que seja mesmo ele (Dionatan), devido às tatuagens encontradas no corpo, mas o reconhecimento oficial será feito amanhã (terça-feira) — adianta a delegada Isabel Pires Trevisan.

Ainda conforme ela, os corpos estavam parcialmente dentro de um rio na cidade de San Alberto, a cerca de 870 quilômetros de Bento Gonçalves.


Lucas e Dionatan viajaram para Santa Catarina na tarde de 25 de julho, onde supostamente visitariam parentes. A investigação apontou que os dois chegaram a passar pelo Estado vizinho, mas ingressaram no Paraguai no dia seguinte. De lá, saíram cerca de uma hora e meia depois e retornaram para Santa Catarina. Desde então, não contataram mais a família.

— Estávamos investigando de tudo. Pedimos fotos de mortos e de acidentes do Brasil e do Paraguai, quebra de sigilo telefônico, ouvimos testemunhas, procuramos entre os presos. Hoje, depois de todo um trâmite burocrático entre os países, vieram essas fotos e tudo leva a crer que sejam eles — aponta a delegada.

Isabel diz que ainda não há suspeitas sobre o que aconteceu com os jovens e a forma como foram mortos. A investigação deve ficar com a polícia do Paraguai, pois os corpos foram encontrados lá.

Entenda o caso

Lucas Morini, 23 anos, e Dionatan Cordova Dias, 28 anos, eram vizinhos no bairro Progresso, de Bento Gonçalves, na serra gaúcha. Desempregado, Lucas tinha um filho de quatro anos e estava separado há mais de cinco meses. Dionatan, que tinha um filho de sete anos, morava com o pai e trabalhava comoauxiliar em uma empresa de embalagens. Os jovens não tinham passagens na polícia.

A bordo de um Fiat Idea verde, pertencente a uma tia de Lucas, eles viajaram para Santa Catarina na tarde de 25 de julho, onde supostamente visitariam parentes.

A investigação apontou que os dois chegaram a passar pelo Estado vizinho, onde estiveram na casa do ex-companheiro da mãe de Lucas, em Palmitos.

No entanto, imagens de segurança comprovam que, pouco tempo depois, o Idea passou pela Ponte da Amizade, que liga Foz do Iguaçu, no Paraná, a Ciudad del Leste, no Paraguai. Uma hora e meia depois, eles retornaram a Santa Catarina e não fizeram mais contato com os familiares.

ENTERRADO CORPO DE GAÚCHO EXECUTADO NO PARAGUAI


Corpo de morador de Bento Gonçalves morto no Paraguai será sepultado na manhã desta quarta. Dionatan Cordova Dias foi executado ao lado do amigo Lucas Morini, no final de julho

ZH 03/09/2014 | 06h45


Foto: Claudio Vaz / RBS


O corpo de Dionatan Cordova Dias, 28 anos, executado a tiros no Paraguai, será sepultado na manhã desta quarta-feira. A Funerária Rhema, que fez o traslado, afirmou que o corpo chegou durante a noite ao Estado. O enterro ocorre às 8h em Restinga Seca, no Centro do Rio Grande do Sul. Não há velório.


Dionatan morava em Bento Gonçalves e foi assassinado ao lado do amigo Lucas Morini, 23, no município paraguaio de Itakyry, a cerca de 100 quilômetros de Foz do Iguaçu, no Paraná. Os jovens deixaram Bento Gonçalves no dia 25 de julho com destino ao Paraguai.

A polícia do país vizinho encontrou os corpos no dia 27 de julho, às 8h, com várias marcas de disparos. Como estavam sem identificação, os dois foram enterrados como indigentes. Nos dias 18 e 19 do mês passado, familiares reconheceram os rapazes por fotos.

No final de semana, as famílias receberam autorização para ir ao Paraguai. Contudo, apenas Luiz Carlos da Silveira Dias conseguiu trazer o corpo do filho Dionatan ao Brasil. A família de Lucas Morini aguarda a conclusão de trâmites legais para trazê-lo a Bento Gonçalves. A expectativa é que o corpo chegue a Caxias do Sul, onde reside a mãe de Lucas, na manhã de quinta-feira.

— Minha irmã (mãe de Lucas) está lá esperando porque era preciso desenterrar, tudo isso demora. Era para ter sido hoje — diz Ivane Morini Panizzi, tia de Lucas.

O motivo da viagem dos amigos ao Paraguai não foi esclarecido. De acordo com a investigação, Dionatan e Lucas seguiram de Bento até Santa Catarina. Eles passaram pela cidade do Palmitos, onde mora um ex-companheiro da mãe de Lucas. No dia seguinte, conforme imagens de câmeras de monitoramento, o Fiat Idea verde dirigido pelos rapazes passou pela Ponte da Amizade por volta das 10h.

Uma hora e meia depois, há a imagem do carro retornando. A estrutura liga Foz do Iguaçu, no Paraná, a Ciudad del Leste, no Paraguai. O ex-companheiro da mãe de Lucas confirmou que os amigos retornaram a Palmitos no dia 26. A última ligação de Lucas para a mãe foi no dia 27, a 1h, dizendo que eles voltariam ao Paraguai. Sete horas mais tarde, os corpos foram encontrados na beira de um rio.

Não há imagens dessa segunda ida da dupla ao país vizinho. Por conta disso, suspeita-se que eles tomaram uma rota alternativa. A investigação dos assassinatos está sob a responsabilidade da polícia paraguaia.